"Se a curiosidade aqui te conduziu, Bendita curiosidade que te fará um Mensageiro da Paz!"

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Kaô Cabecilê

Xangô é o Orixá dos reis, dos justos e dos poderosos. Ele próprio foi um Rei, guerreiro, que conquistou reinos e enriqueceu seu povo. O seu trabalho entre os homens é cobrar de quem deve e premiar a quem merece, agindo sempre com sabedoria, justiça e poder.

Na mitologia romana é Júpiter, o pai e mestre dos deuses, para os gregos é Zeus, aquele que usava seus raios para punir os mortais, esta correspondência pode ser feita pelo poder supremo que ambos encarnam.

Xangô - Em Yorubá Yakutá, o lançador de pedras.


PONTO CANTADO: "Maleme" por Léo Batuke


Xangô é o Orixá do raio e do trovão, o seu elemento é a pedra e a palavra de Xangô é Justiça! Homem Velho, Senhor dos Justos, o Rei dos Reis.
Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos, entretanto com os filhos de Xangô a Justiça deixa de ser uma virtude para passar uma obsessão, o que faz de seus filhos sofredores, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento, e não o da Justiça Divina.

O Axé de Xangô está nas pedras que não se consegue quebrar, a não ser pelo seu próprio Raio. Seu símbolo principal é o Oxé - um machado de duas lâminas, pois não se faz Justiça sem que se atenta para os dois lados da situação. Orixá que representa a liderança e a autoridade.

A pior quizila de Xangô é o Egum, a dor e o sofrimento, pois Xangô é Justo para os dois lados, como seu Machado. Orixá do fogo da vida, sua aversão à morte é tanta que ele se afasta de seu filho, mal ele caia doente e entrega as doenças à Obaluaê.

A vibração de Xangô, nas evocações que ocorrem nos templos de Umbanda, é fortíssima. Quando incorporado em nossos médiuns transmite sempre a imagem de alguém forte como a rocha, todos pressentem sua tremenda força.
 
"Não brinque com Xangô, porque Xangô não brinca não”.
MALEME:

Pedimos "Maleme" à Xangô! É uma derivação da expressão "Valei-me" e serve como um pedido de socorro, de clemência, de auxílio ou ajuda, de misericórdia ou piedade. Um pedido de perdão!
Sabendo disso, o ato de pedir Maleme à Xangô, é por ele ser Justiceiro, o Orixá da Justiça que não é cega! Ele tanto dá, quanto cobra, pedir Perdão à ele, pedir ajuda, clamar pela misericórdia de Xangô é mostrar respeito, reverência, e saber que Xangô é Rei e quem manda é ele!

Um dia, Uma Entidade muito Sábia e deu a melhor explicação para essa expressão:
"Pedir Maleme à Xangô, é pedir perdão por todos os seus erros, por todos seus pecados, até àqueles que você cometeu sem saber que estava pecando."

SINCRETISMO RELIGIOSO: São João, São Pedro e São Jerônimo


São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois ele foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. João Batista era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.

Quando Jesus conheceu São Pedro, antes chamado de Simão, disse a ele uma frase que mudaria sua vida: "Você será pescador de homens." A partir daí, Simão começou seguir Jesus. Num determinado momento, Simão confessou a Jesus: "Tu és o Messias, o Filho de Deus." Por isso, Jesus disse que, daquele momento em diante, seu nome seria Pedro, Cefas, Kephas em aramaico, palavra que significa Pedra.  Mais tarde o significado disso ficou claro: Pedro foi o primeiro Papa da Igreja, tornou-se a Pedra onde a Igreja encontra sua unidade.

São Jerônimo tinha um temperamento forte e radical. Por isso, foi procurar o deserto. No deserto, entrava num ritmo de orações e jejuns tão rigorosos que quase chegou a falecer. Tempos depois de se fortalecer no deserto, ele foi para Constantinopla, segunda capital do império romano. Lá, onde encontrou-se com São Gregório. Este lhe mostrou o caminho do amor pelo estudo das Sagradas Escrituras.
Por isso, São Jerônimo decidiu dedicar sua vida ao estudo da Palavra de Deus, para transmitir o cristianismo em sua máxima fidelidade, ao maior número de pessoas passível.

São Jerônimo foi um homem de grande cultura, era doutor nas Sagradas Escrituras, teólogo, escritor, filósofo, historiador. Foi ele quem traduziu a Bíblia pela primeira vez, do hebraico e grego para o latim, a língua falada pelo povo.

Fica evidente que os três santos tem algo em comum, a lealdade no Mestre Jesus e o dom do Evangélio, por isso o Sincretismo com Xangô.

CARACTERÍSTICAS DE SEUS FILHOS:

Os filhos são apreciadores das coisas boas da vida e gosta de compartilhar tudo com aqueles a quem estima, pois faz parte de sua natureza agradar os amigos.
A ambição do filho de Xangô é enorme, desde jovem ele procura o sucesso e a fortuna, mas às vezes gasta as suas energias em atividades que não são as mais indicadas, nestas ocasiões deve ser deixado à vontade, pois é através dos erros e tentativas que vai encontrar sua vocação.

É difícil um filho de Xangô admitir que esteja errado, ele é inflexível e intratável quando contrariado. Seus inimigos serão tratados com rigor e ele fará tudo para desacreditá-los frente aos outros. Mas por maiores que sejam as provações que ele tenha que passar haverá sempre uma sorte fantástica a protegê-lo que o anima e encoraja a prosseguir.
Apesar de autoritário, a bondade do filho de Xangô é grande, ele concilia severidade com justiça, exigência com reconhecimento, cobrança com recompensa.

Um dos seus defeitos é a falta de criatividade, já que ele não é muito bom para inventar, prefere aperfeiçoar o que já foi criado. É franco, não esconde seus sentimentos, não finge nem dissimula. Sua franqueza faz com colecione alguns inimigos durante a vida, o que não o impede de continuar agindo desta forma.

As emoções desta pessoa são variáveis. Por vezes é orgulhoso, impulsivo, mutável, rebelde. Noutras ocasiões é cortês, generoso e diplomata.
Adquire conhecimentos que lhe sejam úteis no desempenho de suas atividades e é muito rápido nisto. Mas não será o pai de uma criação totalmente inovadora.

HISTÓRIA DE XANGÔ:

Alguns relatos afirmam que Xangô destronou seu próprio irmão, Dadá-Ajaká, para tomar o seu lugar, e o exilou como rei de uma pequena e distante cidade, onde usava uma pequena coroa de búzios, chamada coroa de Baiani. Xangô foi assim coroado o quarto Alafim de Oyó, o obá da capital de todas as grandes cidades iorubás.

Quando não fazia a guerra, cuidava de seu povo. No palácio recebia a todos e julgava suas pendências, resolvendo disputas, fazendo justiça. Pois um dia mandou sua esposa Iansã ir ao reino vizinho dos baribas e de lá trazer para ele uma tal poção mágica, a respeito da qual ouvira contar maravilhas. Iansã foi e encontrou a mistura mágica, que tratou de transportar numa cabacinha. Xangô ficou entusiasmado com a nova descoberta. Num desses dias, Xangô subiu a uma elevação, levando a cabacinha mágica, e lá do alto começou a lançar seus assombrosos jatos de fogo.

Os disparos incandescentes atingiam a terra chamuscando árvores, incendiando pastagens, fulminando animais. O povo, amedrontado, chamou aquilo de raio. Da fornalha da boca de Xangô, o fogo que jorrava provocava as mais impressionantes explosões. De longe, o povo esKutava os ruídos assustadores, que acompanhavam as labaredas expelidas por Xangô. Aquele barulho intenso, aquele estrondo fenomenal, que a todos atemorizava e fazia correr, o povo chamou de trovão.

Num daqueles exercícios com a nova arma, errou a pontaria e incendiou seu próprio palácio, queimando todas as casas da cidade. Os conselheiros do reino se reuniram, e enviaram o ministro Gbaca, um dos mais valentes generais do reino, para destituir Xangô.
Gbaca chamou Xangô à luta e o venceu, humilhou Xangô e o expulsou da cidade. Para manter-se digno, Xangô foi obrigado a cometer suicídio.

Era esse o costume antigo. Se uma desgraça se abatia sobre o reino, o rei era sempre considerado o culpado. Os ministros lhe tiravam a coroa e o obrigavam a tirar a própria vida. Cumprindo a sentença imposta pela tradição, Xangô se retirou para a floresta e numa árvore se enforcou. Mas ninguém encontrou seu corpo e logo correu a notícia, alimentada com fervor pelos seus partidários, que Xangô tinha sido transforMado num orixá. O rei tinha ido para o Orum, o céu dos orixás. Por todas as partes do império os seguidores de Xangô proclamAvam: "O rei não se enforcou!"

Linha e Irradiação: Linha de Xangô

Fio de Contas (Guias): Vermelhas e brancas

Cor: Vermelho, Marrom e Branco

Bebida: Água mineral, água de coco, cerveja preta.

Comidas: Ajobó , rabada, acarajé, amalá, angolista, amalá de quiabo, frutas, azeite-de-dendê, muita pimenta, canjica branca.
Ervas: Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô... 

Flores: Palmas amarelas, palmas lilás, monsenhor amarelo, monsenhor lilás, violetas, saudades, palmas amarelas, crisântemos amarelos, cravos amarelos e vermelhos.

Pontos da Natureza: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, desertos e formações rochosas

Pedras: Meteorito, granada, quartzo olho de falcão ou quartzo olho de tigre, jaspe.

Dia da Semana: Quarta-Feira

Saudação: Kaô Cabecilê (que significa venham saudar o rei da casa!)
 

Links dos assuntos relacionados no Blog, indicados para você:
Um pouco sobre Zambi, Orixás e os Guardiões

→ As Sete Linhas de Umbanda


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Um irmão comentou

  1. Boa tarde.Malembe significa socorro e maleme perdão, desculpas.Espero ter ajudado.Axé gbogbo wá! Forte abraço!
    Ogan Mejorun

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